08-10-2025 - c14
A operação extraordinária, coordenada entre Washington, Jerusalém e Amã, incluiu uma interrupção coordenada dos ataques aéreos para permitir que a mãe de 59 anos cruzasse a Faixa de Gaza. • De acordo com o Washington Post, autoridades americanas, israelenses e jordanianas operaram em total sigilo até o momento em que ela cruzou a fronteira.
Em uma operação extraordinária e extraordinária, conduzida em segredo e coordenada pelos Estados Unidos, Israel e Jordânia, Ahlam Firwana, uma palestina de 59 anos e mãe de um médico da Marinha dos EUA, foi resgatada da Faixa de Gaza. De acordo com uma reportagem publicada na noite de quarta-feira no Washington Post, o resgate envolveu a interrupção coordenada dos ataques aéreos, o uso de contatos nos mais altos escalões e a arrecadação de fundos para financiar a viagem segura da mulher.
Segundo a reportagem, Younis Firwana, filho de 32 anos de Ahlem, alistou-se na Marinha dos EUA em 2023 e recebeu a cidadania americana em fevereiro de 2024, no dia do término de seu treinamento básico. Firwana tentou durante meses encontrar uma maneira segura de tirar sua mãe de Gaza e emitir um novo passaporte para ela, mas disse ter sido repetidamente recebido com respostas de que "estava de mãos atadas".
A virada ocorreu no início de setembro, quando ele contatou a Associação de Veteranos das Forças Especiais dos Estados Unidos – uma organização civil que ajudou a evacuar cerca de 1.100 pessoas da Faixa de Gaza desde o início da guerra. Os membros da organização contataram elementos das Forças de Defesa de Israel (IDF), do Shin Bet e do Mossad, buscando garantir que nenhum ataque fosse realizado na área para onde a mãe se mudaria.
Ao mesmo tempo, Morgan Ortagus – enviado especial adjunto do governo Trump para o Oriente Médio – conectou a equipe à Embaixada dos EUA em Amã, que auxiliou na coordenação com as partes. O plano inicial incluía uma escolta israelense, mas foi cancelado devido a atrasos administrativos. Em vez disso, uma doação de cerca de US$ 10.000 foi arrecadada para financiar o transporte seguro de Gaza até a travessia de Kerem Shalom, mas com a intensificação dos combates e as ordens de evacuação generalizadas, essa rota também entrou em colapso.
Após várias tentativas frustradas, um dos filhos de Firwana conseguiu pegar um carro e levá-la para o sul, mas as estradas da região estavam parcialmente bloqueadas. A mãe fez a última parte da viagem a pé, acompanhada pela filha, sob monitoramento aéreo e uma cessação coordenada dos ataques da força aérea ao longo da rota. A viagem durou 19 horas. Em 17 de setembro, segundo o relatório, ela conseguiu cruzar a fronteira e escapar da Faixa de Gaza.
A Casa Branca e o Departamento de Estado dos EUA se recusaram a comentar publicamente os detalhes, mas um alto funcionário dos EUA foi citado no Washington Post dizendo que "os esforços feitos neste caso foram particularmente incomuns e surgiram do desejo de garantir a segurança da mãe de um soldado americano que se encontrava em uma situação perigosa".
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