11-12-2019 - Anussim Brasil
A partir de 1894, surgiu o primeiro cargo de diretor escolar, que era ocupado apenas por homens, enquanto as vagas para professores na escola primária eram preenchidas pelas mulheres.
Antes de nos aprofundarmos, nos acontecimentos atuais, na Educação Brasileira, que abrange muitos assuntos, necessitamos nos estabelecer aos períodos de mudanças e fatos ocorridos nas diversas eras e projetos que se seguiram para a formação do pensamento educacional brasileiro. Para isso iniciaremos nesse primeiro artigo, um estudo resumido sobre os acontecimentos que culminaram na Educação atual. Aproximadamente nos anos 1549, os primeiros alunos do Brasil foram apenas do sexo masculino, os filhos dos índios e órfãos portugueses (que é claro poderiam ser judeus). Os padres franciscanos e outras ordens religiosas fizeram várias tentativas para educar os novos pupilos, porem foram os padres jesuítas, que obtiveram sucesso na educação, usando a gramática tupi-guarani criada pelo Padre José de Anchieta (1534-1597).
Os “curumins” filhos dos indígenas, aceitavam de boa fé os ensinamentos católicos e repassavam o que aprendiam aos progenitores. Os padres os ensinavam oralmente e tudo o que eles deveriam fazer, era ouvir e repetir o que os professores lhes falavam. Os costumes dos índios também aos poucos foram sendo modificados e para tornarem-se mais cristãos, lhes foram vedados que andassem nus e que fossem bígamos. Assim, houve uma evolução nos ensinamentos, formaram-se colégios, agregaram-se os filhos de escravos para serem alfabetizados. Mas como as instituições eram basicamente católicas, somente cristãos seriam salvos. Porém no ano de 1759, Sebastião José de Carvalho e Melo (Marquês de Pombal – 1699 / 1782) ordenou que se fechassem todas as escolas e que os jesuítas fossem expulsos para que fosse criada outra forma de sistema educacional.
O primeiro concurso público para professores, se deu em Recife em 1760, mas as aulas começaram oficialmente em 1774, no Rio de Janeiro. Ou seja, desmembrou-se a educação da religião, tornando-a responsabilidade estatal. As orientações do Marquês, valeram até o falecimento de Dona Maria I (1734 – 1816), que havia reinado até 1792, quando Dom João VI – seu filho assumiu o poder. Com a vinda da família Real ao Brasil em 1808, o ensino no País foi impulsionado.
Em 1888 com a Proclamação da República, o Brasil desenvolveu-se consideravelmente tendo no comando, presidente e governos estaduais. O crescimento das indústrias e mudanças ocorridas fora do País, ecoaram na Educação. O direito ao estudo público ganhou força. Em 1890, Benjamin Constant (1833 – 1891) foi nomeado chefe do Ministério da Instrução Pública, Correios e Telégrafos e propôs mudanças nos ensinos: primário (de 07 a 13 anos) e secundário (de 13 a 15 anos). Porém houve resistência da igreja católica e da elite, impedindo que esse projeto fosse adiante. Entretanto, outras propostas foram expostas. O ensino foi reorganizado em séries e por faixa etária.
A partir de 1894, surgiu o primeiro cargo de diretor escolar, que era ocupado apenas por homens, enquanto as vagas para professores na escola primária eram preenchidas pelas mulheres. Entretanto em 1920, 80\% da população era analfabeta. Nesse Ínterim, o movimento revolucionário derruba a República velha e Getúlio Vargas (1882 – 1954) se torna chefe do governo provisório. (Continua na próxima semana)