O ENIGMA
24-12-2019 - Anussim Brasil
Eis o enigma mais poderoso que há: ?Decifra-me ou devoro-te. Quem sou eu??
Quantas vezes nós fomos traídos por emoções? Quantas vezes nos permitimos agir sem controle, pelo impulso do momento que, em seguir a fortes eventos e no ímpeto dos acontecimentos, agimos ou dissemos palavras das quais nos arrependemos pouco depois?
Somos compostos de muitas camadas, mais ou menos amplas e espessas, posicionadas em locais mais ou menos profundos e, mais ou menos distantes no tempo. Elas se desenvolvem tanto de dentro para fora quanto de fora para dentro.
No entanto temos a capacidade de produzir fatias dessas camadas em segmentos, reveladores das nossas características pessoais. Somos nós mesmos quem decidimos a quem revelar tais características.
Muitas vezes as revelamos apenas a nós mesmos e, de posse desse conhecimento, podemos nos aperfeiçoar como seres humanos. Outras vezes, damos abertura a outras pessoas para que dividam conosco tais qualidades. Fazendo isso com quem confiamos e provem serem merecedores, nos enriquecemos e a eles também, pois assim dividindo, somamos.
Mas devemos ter muita atenção para com aquilo que tentamos esconder de nós mesmos! Isso tornado consciente e digerido como nosso alimento enriquecedor, é o que pode nos mover no sentido do crescimento, seja espiritual, pessoal ou material. Já o seu desconhecimento, pode vir a nos colocar na posição de matéria a ser devorada, como a fornalha devora a lenha que a alimenta. O que somos o que queremos ser?
Essas camadas que podem, à nossa vontade serem cortadas naquelas fatias do autoconhecimento, ao nos trazerem a consciência do nosso próprio EU interior, o nosso verdadeiro EU, nos traz o acesso e assim, a propriedade de nós mesmos. Nos traz os nossos sonhos, perplexidades, devaneios, desejos, aspirações, esperanças, projetos e todas as fragilidades e fortalezas que nos compõem. E é disso que dependemos para termos uma vida benfazeja.
Quem sou eu? Eu sou a vida. Se não me decifrares, não crescerás. Não serás indivíduo autônomo. Serás como uma folha de papel que, não importando o seu conteúdo escrito, voa ao léu, ao sabor dos ventos de momento, sem controle do seu destino.
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